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O sol é para todos


O sol é para todos
Autor: Harper Lee
Ano: 2015 (essa edição)

Editora: José Olympio
Páginas: 363
Nota no Skoob: 4,6
Minha nota: 4.0


"Defende pretos, Atticus? - Perguntei-lhe eu nessa mesma tarde. - Claro que sim. Não diga preto, Scout, é feio."

  O sol é para todos é um clássico americano que se passa em 1930. A história gira em torno de uma menininha chamada Scout, do seu irmão Jem e do pai dos dois Atticus. Atticus é advogado. Um homem justo, paciente, racional e muito humanizado que é designado pelo juiz da cidade a defender um homem negro, Tom Robinson, que está sendo acusado de estuprar uma mulher branca. 

 A história é narrada por Scout, que no começo da história tem apenas 6 anos e mostra através da sua visão de criança todos os conflitos, rotinas, questionamentos, curiosidades e tensões durante os anos que se passam em Maycomb antes e durante o julgamento de Tom Robinson e tendo que lidar com todas as fofocas, provocações e preconceitos por seu pai, Atticus, estar defendendo um homem negro. 

  Maycomb é uma cidade pequena e pela visão de Scout vamos conhecendo os personagens secundários da história, suas vidas, seus posicionamentos, que sempre contribuem de formas indispensáveis para a história original. A oralidade dos personagens é diferente de tudo que já li, além de muito rico gramaticalmente possue um sotaque simples, de interior. Harper Lee retrata muitos aspectos diversos sobre a vida no interior: Integridade moral, personagens pobres, mas trabalhadores. A falta de escolaridade da população, o excesso de julgamentos, a simplicidade da roupa, das falas, a pobreza e também a fome.

"Nós nunca sabemos aquilo que acontece ás pessoas. O que se passa dentro das portas e janelas fechadas, os segredos..."

  Scout e Jem são crianças sábias, curiosas e independentes. Logo no começo é perceptível a forte personalidade e senso crítico dos dois tendo sempre apoio e compreensão de Atticus.

  O ponto forte do livro, pra mim, são os personagens. Extremamente bem construídos, são personagens com muita personalidade que nunca encontrei igual em nenhum outro livro que tenha lido. É evidente a evolução dos personagens ao decorrer da história, principalmente do Jem e Scout que estão em fase de construção de caráter. Os capítulos são um pouco maiores do que eu gostaria, mas a leitura é fluida e muitas vezes nem percebemos quantas páginas já se passaram. O final é inusitado apesar de simples, me surpreendeu. Mas é totalmente cabível e realmente ficou melhor do que todas as outras possibilidades de finais que tinham passado pela minha cabeça.
  
  A proposta da autora era discutir temas como justiça, preconceito, inocência, amadurecimento, integridade, violência e principalmente: Coragem. Seu trabalho é fantástico, completamente atemporal e trás a mente do leitor inúmeras reflexões sobre as situações criadas no livro.

"Coragem é sabermos que estamos perdendo a partida, mas recomeçar na mesma e avançar incondicionalmente até o fim. Raramente se ganha, mas as vezes conseguimos."

Os dois mundos de Astrid Jones


Autora: A. S. King
Ano: 2015
Editora: Gutenberg
Páginas: 228
Nota no Skoob: 4,1
Minha nota: 3,5

"Porque tudo tem que vir com uma definição tão rigorosa? Quem criou todos esses rótulos?"


  Astrid Jones é uma menina de 17 anos, cursando o último ano do ensino médio, que mora em Unity valley com sua irmã, Ellis, sua mãe e seu pai. Eles se mudaram de Nova Iorque para essa pequena cidade no interior depois que a avó materna morreu, e seus pais acharam que seria uma boa idéia comprar a casa onde a vó cresceu e dar uma infância diferenciada para Astrid e Ellis: ar puro, conexões com os vizinhos etc.


  A família de Astrid é um tanto quanto problemática e desestruturada. Vivem de aparências, como se tudo fosse perfeito, mas que na verdade  não demonstra o essencial: o amor por Astrid. A mãe trabalha demais em casa, muito controladora e exigente. A irmã não é mais tão próxima dela como era antes. O pai é envolvido com drogas, está sempre submisso á mãe e isso faz com que Astrid não tenha ninguém a quem recorrer quando precisa. Ela está sempre se sentindo rejeitada e excluída.


  A cidade de Unity Valley é uma cidade pequena, repleta de fofocas onde o status social conta mais que tudo. Astrid possue alguns amigos muito populares na escola e vive a sombra deles, guardando seu segredos e se sentindo sempre deslocada. 


"Estou fazendo isso por desespero? É alguma fase esquisita pela qual estou passando? E por que, se as respostas são sim, isso parece tão certo?"


   Por não ter ninguém, Astrid cria um hábito de sentar na mesinha do seu quintal e mandar o seu amor aos passageiros dos aviões que passam pelo céu. Ela compartilha suas angústias e medos com as pessoas desconhecidas pois sabe que elas não poderão julga-la e ainda ela se sente um pouco mais reconfortada. 


"E eu não me importo se essas pessoas não me amam de volta. Isso não é pra ser recíproco. É uma entrega. Porque se eu entregar tudo, então ninguém vai poder me controlar, Porque se eu entregar tudo estarei livre."


  É um livro reflexivo com muitas passagens filosóficas que nos mostra a constante batalha interna de Astrid sobre quem ela realmente é, criando assim dois mundos distintos: Um onde ela pode ser quem realmente é, como quer ser. E o outro onde ela pensa primeiro nos julgamentos que a sociedade terá sobre seus atos. Dois mundos completamente diferentes que vão acabar se colidindo. 


Considerações:


  O livro é narrado em primeira pessoa, pela Astrid. Eu achei uma personagem interessante, com uma personalidade própria, cheia de questionamentos atemporais que são de extrema importância sobre igualdade, tolerância.

Os capítulos não são tão longos o que eu acho um ponto super positivo. Algumas vezes durante o livro temos pequenas histórias aleatórias sobre as pessoas que estão nos aviões que Astrid observa. Eu gostei muito das situações colocadas pelos passageiros desses aviões e fiquei com muita vontade de saber mais sobre eles.

  O que eu mais gostei no livro foi a descoberta de Astrid quanto a sua sexualidade, percebendo que ela não tem que ter medo do que ela é. Muito menos medo do que as outras pessoas pensam sobre ela.

  A filosofia é sutil e muito bem retratada no livro. Sempre agregando frases reflexivas e visões diferentes sore as situações pelas quais Astrid passa. A mais marcante do livro, pra mim, é a teoria da caverna que faz com que Astrid perceba que vive realmente presa dentro de si mesma, dos preconceitos, dos julgamentos...e que faz com que ela tenha mais força de se libertar.

"O que importa é a busca pela verdade sobre nossa própria vida, sem preocupar-se sobre o que as outras pessoas pensam que é a verdade sobre nós."


  Os personagens são bem construídos, muito reais. Com seus problemas, medos e limitações. Mas mesmo assim eu não consegui realmente gostar nem me apegar a nenhum deles. Tive empatia pela história que é um tema muito delicado de ser tratado mas eu tinha uma certa resistência de ler, porque após cada capítulo eu ficava mais tensa e o livro me deixava triste pela solidão e todos os problemas que Astrid tem que carregar sozinha nos ombros.

  Em resumo é um livro que gostei, mas só isso. Reconheço que é muito bem escrito, tem reflexões bem construídas junto com a história mas que não me causou os sentimentos que eu esperava que iria me causar.

Anexos


Anexos
Autora: Rainbow Rowell
Ano: 2014
Editora: Novo século
Páginas: 368
Nota no Skoob: 4,1
Minha nota: 4,5

Continuando a minha meta de ler todos os livros dessa mulher maravilhosa o escolhido da vez foi: Anexos. Aqui vamos conhecer Lincoln, alto, forte, 28 anos. Lincoln teve uma namorada no colegial e sofreu uma grande desilusão amorosa, sendo abandonado, então o jeito que ele achou de fugir dessa desilusão foi estudar cada vez mais e quando percebeu a vida estava passando, todos os seus conhecidos estavam casando e tendo filhos e ele ainda estava na faculdade, jogando RPG nos sábados e sem uma vida concreta, sem muito amigos. Lincoln então decide voltar a morar com sua mãe, uma mulher difícil de convivência, super protetora e que cá entre nós: é bem chatinha.

O livro se passa no ano de 1999, onde todos estavam com medo do bug do milênio onde Lincoln trabalha: um jornal na área de tecnologia. O trabalho dele é noturno e consiste em ler e-mails, checar se o pessoal do jornal está realmente trabalhando. Com o avanço da tecnologia as pessoas estão aposentando suas maquinada de datilografias. E com isso a comunicação entre as pessoas da empresa é por e-mail. Lincoln tem obrigação de ler todos os e-mails coorporativos, e é assim monitorando as conversas alheias, que ele conhece Beth Fremont e Jennifer Scribner-Snyderr, duas amigas que se se correspondem falando sobre suas vidas pessoais. 
Jennifer é uma das revisoras do jornal, casada e apaixonada pelo seu marido que vive um dilema sobre gravidez: seu marido morre de vontade de ser pai, mas ela não se sente preparada e pior: não sabe se algum dia estará.
E Beth, crítica de cinema com 28 anos que vive um relacionamento estável a 7-8 anos com Chris, um guitarrista "bipolar" que é praticamente sustentado por ela. Beth tem vontade de casar com Chris, construir uma família como a maior parte das pessoas, mas seu relacionamento entrou em uma zona de conforto onde ela, infelizmente, sabe que com Chris isso é quase impossível de acontecer. Sem falar que Chris é um cara que muitas vezes não dá a atenção que ela acha que um relacionamento saudável deveria ter. Muitas vezes ela não sabe como ele vai agir com ela, ele precisa de espaço e fica muito tempo sozinho e até ignorando-a.
"Amor. Propósito. Essas eram coisas para as quais não se podiam planejar. Essas eram coisas que simplesmente aconteciam. E se não acontecessem? Você passa a vida toda ansiando por elas? Esperando pra ser feliz?"

A maior parte dos emails são engraçados e possuem palavras com conteúdos impróprios (Palavrões, brincadeiras com pornografia etc) que caem na caixa de Lincoln e ele termina se viciando em ler os e-mail's das duas. Começa até a considera-las amigas e por isso não envia as advertências que elas deveriam receber sobre a má conduta no trabalho, que seria o ético a se fazer da parte dele. 


"Quando Lincoln percebeu que não tinha enviado um alerta a Beth Fremont e a Jennifer Scribner-Snyder – depois de quantas ofensas? Três? Uma dúzia? -, não conseguiu se lembrar por que não enviara. Talvez porque ele nem sempre conseguia descobrir que regra elas estavam quebrando. Talvez porque parecessem completamente inofensivas. E legais."
Ao longo da narrativa Lincoln vai amadurecendo, fazendo amigos, saindo mais, lidando com a mãe e a irmã. Beth e Jennifer passam por problemas, sempre compartilhando tudo por e-mail uma com a outra e Lincoln se envolve pela vida delas e se apaixona por uma das meninas, que ele pensa nem saber da existência dele. Mas não é bem assim.
"-Você acredita em amor á primeira vista? Ele se forçou a olhar para o rosto dela, para seus olhos bem abertos e a testa ansiosa. Pra sua boca insuportavelmente doce. -Não sei - Disse ele - Você acredita em amor antes disso?"
Considerações:
Diferente dos outros livros da Rainbow que já li, achei o começo de Anexos bem parado e fiquei até com medo de não gostar do livro o que seria meio estranho porque eu adoro essa autora e sua narrativa! Mas assim que a história foi desenvolvendo eu me prendi completamente á leitura. Achei a história muito diferente e romântica, eu particularmente amo essa coisa de amor virtual, á primeira vista e toda essa coisa de "primeiro a alma, depois as aparências.
Os capítulos são alternados. Uns contêm e-mails de Beth e Jennifer e as conversas entre elas. E outros a narrativa mostra a perspectiva de Lincoln e sua vida cotidiana que  era bem chatinha antes do livro começar a realmente deslanchar, o que demorou muito. Fiquei esperando o ápice da história acontecer, e só aconteceu realmente nas últimas páginas do livro. 
Gostei muito do Lincoln, é minha paixonite da vez. Ele é realmente um fofo, um doce com sua mãe, carinhoso com a Doris (uma personagem que vira amiga do Lincoln e trabalha com ele), atencioso com sua irmã e sempre um cavalheiro em todas as oportunidades. 
O desfecho da história foi perfeito, demorou muito, a história ficou um pouco enrolada demais, e eu até cheguei a pensar que não aconteceria. Mas realmente fechou com chave de outro e só por isso eu gostei tanto do livro, porque pelo resto da história foi o livro que eu menos gostei da Rainbow até hoje. Acho que ela poderia ter desenvolvido melhor o casal junto. 

The kiss of deception


The kiss of Deception
Autora: Mary E. Pearson
Ano: 2016
Editora: Darkside Books

"O talvez pode ser distorcido e transformado em coisas que nunca existiram de verdade"

   Uma história relativamente clichê. Uma princesa, um príncipe e um... assassino?

Princesa Arabella Celestine Idris Jezelia, Primeira filha da casa de Morrighan ou simplesmente Lia, é forçada por seus pais a se casar com um príncipe de um reino inimigo com a intenção de criar uma aliança entre os dois reinos. Mas como Lia poderia se casar com um homem desconhecido? Com um homem que se casaria com ela pelo simples fato de ela ser uma princesa, sem nem ao menos vê-la antes do casamento? 

"Pode-se levar anos para moldar um sonho, mas é preciso apenas uma fração de segundo para despedaçá-lo"
  
 Atormentada com a obrigação de passar o resto da sua vida com uma pessoa destinada a ela apenas por títulos, Lia só vê uma possível saída: fugir. Com a ajuda da sua melhor amiga Pauline, Lia foge para uma cidadezinha distante para recomeçar a sua vida e tentar deixar qualquer vestígio de sua vida como parte da realeza para trás. Mas as coisas não se tornam tão fáceis assim. Lia acaba trabalhando em uma estalagem em Terravin, cuidando dos hóspedes, ajudando com a comida e todo o tipo de trabalho doméstico quando chegam dois novos hóspedes na estalagem, bem vestidos e bonitos: Rafe e Kaden. Um, o príncipe com quem Lia se casaria que foi em busca da noiva que o rejeitou apenas por curiosidade. O outro, um assassino contratado para acabar com a vida de Lia. Mas Lia acaba se envolvendo os os dois, sem saber a real identidade deles.

"Talvez houvesse tantos tons de amor quanto existem tons de azul no céu"
  
A história em si não é nada original ao meu ver, mas a escrita de Mary faz tudo valer a pena. Até mesmo quando Lia está apenas viajando a cavalo a narrativa se torna interessante. A descoberta pra saber quem é o príncipe e quem é o assassino é um dos pontos mais fortes da narrativa, onde a autora propicia uma confusão na cabeça do leitor. 

 A dinâmica de capítulos também é muito bem feita. A maior parte do livro é narrada por Lia, mas também temos alguns capítulos de Rafe, Kaden, Pauline e os capítulos do Assassino e do Príncipe, que não revelam a identidade deles. Esse tipo de narrativa contribui muito para a implementação da história.

 Os personagens são, também, um ponto fortíssimo do livro, principalmente por Lia. Lia foge completamente dos padrões que estamos acostumados de princesas. Ela tem personalidade, inteligência. Não se deixa dominar nem mesmo quando percebe que está em desvantagem e muitos diálogos pela pelo livro foram muito bem pensados pela autora. Os personagens que Lia encontra quando está viajando e de passagem são muito queridos e contribuem de uma forma incrível para o livro, sempre agregando mais coisas para a história e eu realmente queria que no restante da trilogia ela voltasse a encontrar alguns deles, como por exemplo Berdi. Rafe e Kaden na minha opnião são personagens masculinos muito esteriotipados: Bonitos, fortes, educados. Mas que mesmo assim são personagens bem construídos e apaixonantes, cada um de seu jeito. 

 Uma parte muito importante e enigmática do livro é sobre O dom da primeira filha. Diz, na história, de que algumas primeiras filhas de Morrighan possuem o dom, e que até mesmo a mão de Lia tinha. Não está explícito hora nenhuma sobre o que realmente é o dom, ou a capacidade dele, mas em várias partes do livro temos citações, histórias e presságios dele, o que eu gostei bastante por dar um toque mágico á história.

 Eu adorei o livro, estou ansiosa para saber o que acontece na continuação mas sinceramente não achei tudo o que esperava. É um livro que está sendo muito bem falado tanto nacionalmente quanto internacionalmente mas que na minha opnião não é nada inovador, já estou ficando cansada de ler livros envolvendo triângulo amoroso e quando vi que a história caminhava pra esse lado fiquei um pouco desanimada. Mas mesmo com essas ressalvas eu gostei muito do livro e a leitura conseguiu me prender.

"Mas lembre-se criança, de que todos nós podemos ter as nossas próprias histórias e os nossos próprios destinos, e ás vezes, uma sorte aparentemente ruim, mas todos também fazemos parte de uma história maior."

Alma nova




Autora:  Jodi Meadows
Ano: 2013
Editora: Valentina Ltda
Páginas: 288
  
Volume um da trilogia Incarnate


Me apaixonei pelo livro simplesmente pela capa em uma foto no instagram. Assim que consegui descobrir que livro era, providenciei no meu Kindle e já comecei a leitura, não preciso nem falar que amei o livro, né?
Alma nova é o primeiro livro de uma trilogia, uma leitura cheia de sentimentos com uma ótima narrativa que por mais que tenha partes muito sensíveis não deixa de ser leve. A história gira em torno de Ana, a única Alma nova na cidade de Range, onde todas as pessoas que a habitam são almas que possuem milhares de anos e vivem reencarnando infinitamente. Mas quando Ana nasceu, uma das antigas almas, Ciana, não reencarnou. E por esse motivo, Ana é considerada uma assassina sem ao menos ter o conhecimento do porquê que isso aconteceu. E vive reclusa com sua mãe no Chalé da Rosa Lilás, sem contato com as outras pessoas.
Ana é criada por sua mãe, Li, que a maltrata muito e faz tudo para que ela tenha uma vida terrível. Por toda sua vida, Ana é humilhada, destratada e desvalorizada, e Li faz questão de evidenciar que Ana é uma sem alma, que nunca ninguém gostaria dela, e isso é muito bem retratado aos leitores. Ana é uma jovem completamente insegura. 

"- Quem eu sou? - Foram as primeiras palavras que falei.
- Ninguém - respondeu ela. - Uma sem-alma."

Aos 18 anos ela é permitida a tentar descobrir o porque do seu misterioso nascimento indo até a cidade de Heart sozinha. Eis que no meio do caminho, Ana se mete em confusões e é ajudada por Sam, um menino aparentemente da sua idade, mas que possui milhares de anos, como todas as outras almas que se dispõe a acompanha-la na sua jornada. É difícil pra ela se acostumar com a presença de alguém que quer ajuda-la, porque em sua cabeça, todos a odeiam e todos a julgam uma assassina: Ana, a sem alma. Mas com o passar do tempo ela vai criando confiança em Sam e seus amigos, que se responsabilizaram por sua estadia na cidade e por ensina-la tudo o que todas as outras almas já sabiam: agricultura, leitura, costura, dança e música, que foi o que mais cativou Ana e aos poucos foi dando mais sentido a sua vida. 
Com o passar do tempo sentimentos começam a despertar em Ana, coisas que ela nunca imaginou ser possível ter. O romance do livro vai crescendo e nos cativando na medida certa, e é notável o amadurecimento da personagem principal ao decorrer do livro. 

(...) Ele estendeu a mão, a qual simplesmente fiquei olhando, porque, havia um minuto, aquela mão estivera no piano, criando uma melodia para mim e, subitamente, eu deixara de ser ninguém. Era a Ana que Tinha a Música. Eu tinha a melhor música."

Pra mim, o tema do livro é extremamente inovador (eu nunca tinha lido um livro sobre reencarnação e ficção juntos antes) e Jodi Meadows foi extremamente feliz durante a escrita do livro. Estou extremamente ansiosa pra ler os outros dois livros da trilogia!
Um livro para ser lido de um só fôlego




Fiquei com o seu número é um livro espetacular....engraçadíssimo. É do gênero conhecido como Chick list. Você não sabe o que é? Não se apavore, a pouco tempo eu também não sabia... Chick list é um gênero escrito geralmente para o público feminino onde a protagonista é uma mulher moderna, independente... Em geral elas tem que lidar com os conflitos da cidade grande, com relacionamentos conturbados e tudo isso conciliando com o trabalho.
Esse foi o primeiro livro que eu li da Sophie Kinsella e pretendo ler todos os livros que ela escrever. Gente, sério! O que essa mulher fez comigo foi maldade...eu mordia as unhas, ficava louca, queria acabar com os personagens e no fim de tudo já estava rindo da situação...Li esse livro super rápido, porque simplesmente não conseguia larga-lo! a HISTÓRIA É CONTAGIANTE, os personagens cativantes, envolventes... e o romance nos faz suspirar e querer cada vez mais.
Dou cinco estrelas pra esse livro! Recomendadíssimo...

Um livro que tenha te deprimido





Marley & eu- Todo mundo já deve ter ouvido falar sobre esse livro (ou filme). Eu adoro a adaptação do filme, acho que ficou muito parecido com o livro. O livro é muito engraçado e conta as artes de Marley, um cachorro da raça labrador, que é adotado por um casal. O livro conta toda a sua vida até a sua triste e deprimente morte. Isso é um spoiler? Bom, se for, me desculpem...mas é que acho que TODO MUNDO já sabe que isso acontece, né? Enfim... esse livro me deprimiu muito e eu chorei como nunca... Eu sou do time que diz: Matem todos, menos os animais! É muito triste você ver seu fiel e companheiro amigo peludo partir dessa pra melhor. E eu tenho certeza que quem tem um bichinho de estimação sentiu a dor da perda do Marley (assim como eu). Mas mesmo assim, é uma ótima leitura.
Eu dou cinco estrelas para esse livro (Primeiro livro que eu dou cinco estrelas aqui, né?) Mas é porque tudo é perfeito nele...tudo mesmo. Não tenho nada do que reclamar. Recomendo e o leria de novo.